Existem riscos de diversas naturezas no trabalho do dia a dia de um laboratório de análises clínicas. Estes riscos podem ser acidentais, biológicos, ergonômicos, físicos e químicos. Além de conhecer os riscos, é importante conhecer as normas aplicáveis relacionadas aos riscos e a mitigação deles.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) determinam padrões e normas de condutas específicas para as atividades dos laboratórios de análise clínicas.
A RDC Nº 302/2005, uma das norma mais importante para os laboratórios de Análises Clínicas, (saiba mais sobre o assunto clicando aqui) dispõe sobre o Regulamento Técnico para o Funcionamento dos Laboratórios Clínicos. Essa norma traz orientações sobre procedimentos necessários para a construção, reforma ou adaptação na estrutura física do laboratório clínico. No seu texto são encontradas todas as definições dos diversos aspectos do funcionamento de um laboratório de Análises clínicas. Por exemplo, fica definido o que é uma amostra, um controle, um equipamento etc. Encontramos também recomendações gerais sobre: organização, recursos humanos, infraestrutura, equipamentos e instrumentos de uso laboratorial, descarte de resíduos, biossegurança, limpeza, esterilização e desinfecção dentre outros temas. A RDC 302 também instrui sobre a preparação dos POPs (Procedimentos Operacionais Padrão) que definem as regras de trabalho das fases: pré-analítica, analitica e pós analitica, e orienta também sobre os registros e a garantia da qualidade.
Sempre que se faz necessária a atualização de uma norma, a ANVISA faz uma consulta pública para revisão do texto. Devido aos avanços tecnológicos ocorridos nos últimos anos esta resolução se mostrou defasada, e entrou em Consulta pública em abril de 2021. Sua atualização deverá ser publicada no início de 2022. A partir da sua publicação é concedido aos laboratórios um prazo de adequação aos novos conceitos.
Além da simples aplicação das normas recomenda-se uma análise dos fatores de risco com elaboração de um mapa dos riscos por código de cores, elaboração de um manual de biossegurança, uso adequado dos EPIs, e não menos importante a capacitação dos colaboradores.