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Placa de kline e o diagnóstico de sífilis

Placa de Kline é o nome dado para as placas escavadas utilizadas na realização do teste de VDRL (sigla de “Veneral Disease Research Laboratory”). 

O VDRL é um exame inespecífico para triagem no diagnóstico laboratorial da Sífilis (doença sexualmente transmissível). Esse teste é de fácil realização, não sendo necessários grandes recursos do laboratório. 
Uma amostra de sangue do paciente é coletada, e após a separação, o soro do paciente é diluído em série para ser colocado em contato com os reagentes O resultado é dado pela visualização da aglutinação nas diluições, ou seja, um resultado 1/8 (1:8) significa que o anticorpo foi identificado até 8 diluições do soro; um resultado 1/64 mostra que podemos detectar anticorpos mesmo após diluirmos o soro 64 vezes.

O teste VDRL costuma ficar positivo entre 4 e 6 semanas após a contaminação. Geralmente, seus valores começam a subir uma a duas semanas após o aparecimento do cancro duro. Se o teste for feito precocemente, um ou dois dias após o aparecimento da lesão da sífilis, o resultado poderá ser um falso negativo.

Este teste tem algumas limitações, pois pode ser falsamente positivo em 1 a 2% da população. Os casos de falso-positivo costumam ocorrer em pacientes com mais de 70 anos, usuários de drogas injetáveis e em várias outras doenças que não a sífilis, como p.ex. lúpus, doenças do fígado, mononucleose, hanseníase, catapora, artrite reumatoide, etc. 

Geralmente, resultados falso-positivos apresentam títulos abaixo de 1/8, mas títulos de até 1/256 já foram descritos em pacientes sem sífilis.

Existem outros testes para detecção da sífilis como o FTA-ABS ou TP-PA que detectam o Treponema pallidum, a bactéria causadora da sífilis. Esses testes além de confirmar a sífilis são capazes de distinguir entre uma infecção recente ou passada, e assim para auxiliar a conduta do tratamento.

Atualmente no Brasil há um recrudescimento da sífilis no Brasil. Apenas no 1º semestre de 2021, mesmo com o afastamento da população dos postos de saúde devido à COVID19, foram diagnosticados 64.300 casos de sífilis adquirida. Esse número é 16 vezes maior que o número de casos todo o ano de 2010.Os homens representam 62% dos casos positivos, e o diagnóstico em mulheres tem enorme importância pois a doença pode ser transmitida para o bebê durante a gestação, o que é chamado de sífilis congênita.

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